segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Confi@ar: um filme que faz pensar (Mara Cristiane Rodrigues Aguila)


Sabe aqueles dias que a gente está procurando um filme para assistir no aconchego do lar, largado na sala de estar? Fui a locadora buscar um destes. Indicação aqui, indicação ali, nenhum realmente me encantou, então por falta de opção, segui a recomendação de quem acaba conhecendo o gosto da gente muito bem quando, após alguns anos de fidelidade, já sabem qual é o estilo de filme que realmente nos interessa, conforme até mesmo, o humor que apresentamos no momento. No final, tive uma agradável surpresa, o filme se mostrou muito bom!

Confi@ar é um filme assim, que deve estar em algum cantinho da sua locadora, que passou despercebido pelos cinemas (se é que passou, não me lembro de nenhum anúncio sobre ele) e que, embora não tenha o destaque merecido, vale a pena. Um elenco razoável, Clive Owen está maravilhoso como sempre e a adolescente que faz o papel principal, de sua filha Annie, um papel intenso, pesado, para alguém tão jovem, é desempenhado com muito domínio pela jovem atriz.

Trata-se de um tema muito polêmico e incômodo nos dias atuais: as relações virtuais. Em tempos de redes sociais, amizades virtuais, bate-papo sabemos que a internet rege os relacionamentos atuais, sejam eles pessoais, sociais, profissionais, amorosos e que isto é parte “normal” da vida das pessoas e até mesmo indispensável. O enredo do filme trata destas relações e do quanto um momento de fragilidade humana pode ser crucial para o ataque de um predador virtual, com todo seu know-how na área.

Uma família equilibrada, unida, pais participantes, presentes, atualizados, cuidadosos, atentos e dedicados é vítima de uma catástrofe que muda a vida desta adolescente, filha do meio do casal. Adolescentes vivem em conflito pela imagem, pela aceitação do grupo, pela busca de uma identidade, é para isto que serve este período, a comparativa pela orientação dada pelos pais e o que o jovem vê e vive do mundo, vai formar os valores e crenças doindivíduo adulto que será. Daí a sede pelas novas experiências, oposições às regras, busca de grupos de identificação, sentimento de pertencer ou de rejeição vividos muito intensamente, enfimtentativas de encontrar quem será o verdadeiro EU. Este é o momento da vida onde todas as informações, orientações, apoio, base e sustentação farão a diferença. A auto estima em baixa pode levar tudo a perder e a fragilidade de um momento pode ser crucial na tomada de uma decisão deste Ser Humano em pleno momento de transformação.

Este filme dá medo. Medo de errar, medo de não ver, medo de confiar demais ou não confiar e afastar, enfim, são obras assim que podem gerar questionamentos importantes e momentosde compartilhamento familiar para que situações como a retratada pela obra de ficção não ocorra em nosso teto ou daqueles que amamos.

No final das contas: valeu a pena!

Abraços!




Psicóloga Mara Aguila - (41) 9189-3751
E-mail: mara.aguila@gmail.com
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