Quando um casal descobre que está
grávido, muitas dúvidas, medos e novos sentimentos invadem o pensamento e a
emoção é incerta. Um misto de felicidade com medo, de responsabilidade com
prazer, de incerteza com desejo de acertar invadem a mente e o coração desta
nova família que se inicia. Paralelamente a estes pontos, a expectativa é
inevitável e elas surgem imediatamente já se projetando em muitas fases da vida
da criança que nem nasceu ainda, mas já
carrega consigo uma profissão, uma
aparência, valores, ações e até mesmo uma família. “Quando ela crescer saberá
cuidar direitinho de seus filhos, afinal é assim que deve ser com uma menina”. “Quando
ele crescer, será um excelente marido, amoroso, responsável, provedor”. E já
está presente a cobrança que faremos como
pais a este filho que está em fase inicial de formação.
O mundo não está fácil.
Violência, competitividade, desumanização, corrupção, injustiça, entre outras
barbaridades que povoam o nosso cotidiano e nos deixam atônitos e impotentes.
Mas este é o mundo que temos e, se pensarmos muito, não conseguiremos perpetuar
nossa espécie. Hoje já é uma realidade e está nas pesquisas sociológicas o
número crescente de casais que escolhem não ter filhos por diversos motivos,
como a vida profissional, a necessidade de abdicar da liberdade total, o medo
de assumir responsabilidades, e entre outras razões o receio de não ser bom o
suficiente para criar e formar uma criança transformando-a num adulto cidadão e
do bem.
A maternidade já foi considerada
instintual. Hoje se sabe que ela é adquirida através da experiência . Os
cuidados são únicos, mesmo àqueles que têm diversos filhos sabem que com cada
um a relação é diferente, que cada um
reage diferentemente aos estímulos, até mesmo os gêmeos são comprovadamente dotados de
personalidade singular a cada membro mesmo tendo sido gerado no mesmo
ventre.Então como deve ser? O que devemos fazer? Como devemos agir?...
A resposta é que não sabemos. Mas
sabemos que fugir da idealização é o grande trunfo. Ouvir mais o filho, sem
parcimônia, para errar menos também e, desta forma conhecer melhor aquele Ser a
nossa frente, está aí o grande desafio. Não se apegar a padrões e receitas prontas
e formatadas determinadas pela sociedade, sendo que na verdade não existem,
pois somos Seres singulares, únicos.
Zelar pelos cuidados, pela
educação e formação, pelo comportamento social
dentro do que é valorizado pela família e principalmente com muito amor
e menos idealização. Cada mãe e pai é único a este filho que também é único,
cada um teve, tem e terá a sua experiência de vida e ninguém pode viver pelo
outro a vida do outro. Só podemos paternar e maternar sendo pais e mães,
estando juntos, ouvindo, participando, e para tal, desenvolvendo estratégias e relações
diariamente, pois ninguém escolhe colocar Alguém no mundo para fazer sofrer,
ninguém escolhe errar e se o fazemos é porque estamos sempre tentando acertar,
pois o amor é maior que tudo!
Abraços
Psicóloga em Curitiba e Paranaguá-PR - Mara Aguila - (41) 9189-3751
Psicologia, Neuropsicologia, Coaching, Consultoria e Atendimento Clínico para crianças, adolescentes, adultos, terceira idade e famílias.
E-mail: mara.aguila@gmail.com
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